(2021)
Este projeto foi realizado durante o Programa de Resiliência Resiliência na Serra da Mantiqueira (Brasil), apoiado por Serrapilheira (BR), Pro Helvetia da América do Sul (CH) e Swissnex (CH).
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tempo profundo | 2021
video still
HD | 16:9 | 10'42" | estéreo | cor
Esse projeto é um convite para um deslocamento na percepção de nosso entorno, uma mudança de perspectiva sobre seres não-humanos (ou mais-que-humanos) e coisas ditas 'inanimadas'.
O tempo geológico opera em uma escala de tempo diversa da capacidade de percepção humana. Mesmo os mecânismos mais apurados de cálculo de idade das rochas, por meio da Datação Radiométrica, possuem uma margem de “erro” de um milhão de anos. Isso é algo que está longe da nossa percepção de vida biológica.
Com a utilização de dispositivos tecnológicos ao meu alcance - dentro de limitações técnicas -, tive o intuito de especular uma dimensão “outra” das coisas; como ao colocar lado a lado uma representação do espectro sonoro do batimento de asas de um beija-flor captado em trabalho de campo, contraponto-o ao video em câmera lenta mostrando a projeção da luz solar refletida na água corrente de um rio sobre uma rocha - indicando um processo de intemperismo lento na superfície daquele mineral.
tempo profundo | 2021
video still
HD | 16:9 | 10'42" | estéreo | cor
“[...] Os instrumentos mediadores que operam como portas de entrada do mundo alheio o umwelt dos outros – podem assumir diferentes formas. Dentre as mais populares em nossa cultura estão aquelas que recortam a realidade, comprometida com sua medição, classificação e hierarquização. Esses apetrechos e o que eles permitem ver, ouvir e conhecer são personagens das imagens de Pedro Hurpia que, dentre os mediadores aqui descritos, constrói uma espécie de meta-mediação. Hurpia evidencia as tensões e os limites que a utopia de uma realidade não mediada coloca para nós, enquanto sociedade, no limite, enquanto espécie.”
Excerto do texto curatorial de Ícaro Ferraz Vidal Junior, para o Catálogo da 4ª Edição da Residência Resiliência – Arte e Ciência.
Medindo coisas | 2021
Processo criativo
Régua de ângulo e luvas
Dimensões variáveis
No decorrer da Residência foram realizados procedimentos e exercicios variados de medição e posicionamento diante do outro, de forma a desvirtuar a função original do instrumento utilizado e trazendo um viés poético ao movimento ou ação.
tempo profundo | 2021
Detalhe da Instalação
Rocha ígnea, poeira, acrílico e cobertor térmico
Dimesões variáveis
tempo profundo | 2021
video stills
HD | 16:9 | 10'42" | estéreo | cor
A narrativa ficcional “tempo profundo” foi filmada em dois locais distintos, na Área de Proteção Ambiental da Serrinha do Alambari e no planalto do Parque Nacional do Itatiaia. A construção do roteiro deu-se a partir de elementos e situações que proporcionavam uma dimensão única da relação tempo e espacial dos seres e objetos inanimados em seus contextos. A escolha dos pássaros como personagens ativos, por exemplo, deveu-se à especulação de que esses seres seriam os “olhos” da montanha, dada a presença sazonal de humanos no parque natural.
intemperismo n.1 | 2021
Luz s/ rochas
Dimensões variáveis
intemperismo | 2021
Impressão de jato de tinta s/ papel
Dimensões variáveis
tempo profundo | 2021
Vista da instalação
Desenho, madeira, impressão de jato de tinta s/
papel e broca de titânio escalonada
Dimensões variáveis
Regras para Tudo | 2021
Vista da instalação
Régua, rocha ígnea e broca de titânio escalonada
Dimensões variáveis
tempo profundo | 2021
Vista da instalação
Desenho, madeira, impressão de jato de tinta s/
papel e broca de titânio escalonada
Dimensões variáveis
tempo profundo | 2021
video still
HD | 16:9 | 10'42" | estéreo | cor
fraturas | 2021
Captura de tela | processo criativo
Som editado de pássaro para o video final.
Catálogo Resiliência - residência artística / arte e ciência 2021
ISBN 978-85-54112-01-1
Resiliência - residência artística / arte e ciência 2021
trabalho de campo com o grupo no Parque Nacional Itatiaia