A prática de Hurpia está enraizada na instabilidade do aparentemente reconhecível. Por meio de estruturas invisíveis, ferramentas especulativas, histórias fragmentadas e rituais divinatórios, ele sonda os espaços liminares entre a percepção humana e as forças imperceptíveis que moldam nosso mundo. Seu trabalho abrange estratégias de especulação — construindo narrativas e sistemas que se desfazem quando confrontados por estruturas empíricas, revelando o atrito entre a certeza científica e o enigmático desconhecido.
Ao reimaginar instrumentos projetados para medir fenômenos naturais — anomalias geofísicas, deslizamentos de terra, ondas sonoras ou correntes telúricas — ele explora momentos em que o imperceptível rompe a superfície da consciência humana, geralmente por meio de encontros corporais viscerais ou convulsões ambientais. Essas investigações interrogam os binários que enquadram nossa compreensão da realidade: fato e ficção, material e mito, observação e imaginação.
O trabalho de Hurpia se realiza na ambiguidade, rejeitando conclusões definitivas para, em vez disso, amplificar a tensão entre o quantificável e o conjetural. Ao desestabilizar limites, ele convida os espectadores a confrontar a fragilidade de suas próprias estruturas interpretativas. As peças permanecem deliberadamente não resolvidas, incitando o engajamento ativo com seus elementos fragmentados e implicando o público na construção de significado — um ato colaborativo de questionar o que é conhecido, assumido ou imaginado.
Mapa Portátil de Dowsing (s/d)
Este é um mapa de dowsing clássico usado por dowsers. Possui vários gráficos que se sobrepõem.